quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Roteiro Completo



9.027 quilometros


Vigésimo primeiro dia - 26/09 - Estamos chegando em casa, aceleeeeeeera!




Vigésivo dia - 25/09 - o Chago e o retorno a Corrientes




Décimo nono dia - 24/09 - Rumo a Salta "La Linda"




Décimo oitavo dia - 23/09 - Trocar Pneus e rumar para San Pedro de Atacama




Décimo sétimo dia - 22/09 - Rota a Iquique




Décimo sexto dia - 21/09 - Rota Arica




Décimo quinto dia - 20/09 - Rota para Arequipa




Décimo Quarto dia - 19/09 - Rota para Nazca








Dia da curva. 650 km de curvas, subidas e descidas, calor, frio, garoa, enfim, 12 horas de estrada.

Assim escreveu o amigo Augusto Sant Anna e companheiro de viagem, deste grande dia onde foi só curva e curva, descendo e subindo várias vezes inúmeras montanhas até chegar a Nazca.

Mas vamos ao que foi o dia todo.

Acordamos cedo no hotel de Ollaitaytambo e conforme já combinado pelo trajeto que há sabíamos que seria de curvas e curvas, o grupo foi dividido e Eu e o Roberto saímos na frente e nos mandamos...
Paramos no posto para abastecer e como iniciava uma garoa, aproveitei e coloquei a capa e pegamos a estrada rumo inicial Abancay. Inicialmente pegamos novamente a estradinha de terra para encurtas caminho e após poucas retas e leves curvas chegamos no topo da montanha de onde tivemos a bela visão do grande vale com inúmeras curvas.
Veja na imagem abaixo, o que deve ser esta rota mesmo, com muita curva, numa região que inicia bem verde e aos poucos vai ficando seca ao descermos a grande montanha.

Neste trecho chegamos a pegar alguns flocos do que parecia ser neve, ou uma garoa muito fina, mas que parou e no restante foi piso seco mesmo, como tem sido uma constante nesta viagem.
O interessante que Abancay é uma cidade inclinada mesmo, chegamos nela descendo e toda ela é bem na lateral da montanha, sendo percorrida toda em descida. Somente algumas transversair, como a que paramos para tomar uma água, o resto é ladeira mesmo.
Chegamos em Abancay as 10:30, percorrendo 198 km, abastecendo 2,56 galões ao custo de 41,55 soles.

E como já estávamos desgarrados dos amigos, Eu e o Roberto, continuamos em nossa tocada forte e em algumas curvas chegamos a ter que colocar o pé no chão para corrigir a trajetória em virtude de areia na parte interna, além de que com a continuidade de curva e curvas, cada vez inclinávamos mais, chegando a encostar a bota mais de uma vez no chão.

Mais estrada até Chaluanca, chegando as 13:00, 120 km, 1,45 galões e 24 soles.

E continuamos o sobe e desce, com algumas paradas para fotos, passando algum frio na altitude e já preocupados com nosso destino já que aproximávamos de Puquio e ficamos retidos por uns 40 minutos numa barreira de estrada em manutenção.
Neste ponto, MUITO frio, vendo agudo onde ficamos abrigados na lateral de caminhões.
Nossa surpresa foi que quase na hora de liberar a passagem, apareceu o Adalto e ao olhar para o final da fila, me pareceu que o Big e o Augusto também estavam chegando, mas o Adalto disse que eles estava longe e a partir deste momento, ele, Adalto, passou a puxar a fila, o que achei bastante estranho, já que ele sempre se nagava a puxar qualquer trecho.
Paramos em Puquio para abastecer, as 18:25, com 188 km, 2,m58 galões e 40 soles.

E continuamos andando forte já que aproximava-se a noite, parando somente para fotografarmos o por do sol e nós no alto da montanha, ainda longe de Nazca, onde chegamos já noite, descendo suas bem sinalizadas curvas.

Ao entramos em Nazca, nos hospedamos no hotel ............. e enviamos uma mensagem para o Big informando onde estávamos.
Percorremos, desde Puquio, 156 km, 1,89 galões e 28 soles.

Eles só receberam a mensagem quanto estavam fazendo o checkin em outro hotel, que acabaram não ficando e vieram para onde estávamos já com outro quarto reservado para eles.

Um bom banho e sainos para jantar, num ótimo restaurante, aproveitando a culinária Peruana.

E vamos dormir que amanhã, rumo a Arequipa.







Décimo terceiro dia - 18/09 - Trem para Macchu Picchu e as ruinas




Bom dia, ou melhor, boa madrugada

Acordamos as 4:30 para prepararmos nosso café da manhã e estarmos prontos para o embarque rumo a Aguas Calientes para o passeio pelas ruinas de Macchu Picchu.

O Adalto, Roberto e Big optaram por irem a pé até a estação e o Augusto e Eu pegamos um Tuk Tuk para o trajeto, nos preservando para o que seria o grande dia de caminhada e escadarias.

Chegando na estação, o trem já estava esperando mas ainda não aberto para embarque, o que aconteceu em uns 15 minutos.

O caminho entre as montanhas é muito bonito e proporciona boas fotos além de um rápido cochilo do sono que ficou faltando na noite, já que fomos dormir tarde após o bom jantar.

Chegando a Aguas Calientes, compramos o ingresso para a Van, pagando U$ 18,00 e embarcamos para subir a montanha até a entrada do parque.
Aqui é importante sempre levar uma mochila para colocar um impermeável, agasalho e uma garrafa de água mineral para hidratação, além de protetor solar.

Ao descer da Van, optamos por um passeio guiado para um melhor aproveitamento do passeio (vale a pena) para desta conhecermos melhor a história das ruinas, a organização, construção e pontos mais importantes. A guia nos levou pelo meio até a parte mais baixa, passando pela entrada da montanha Waina Picchu e depois voltando ao meio onde iniciamos o passeio. Deixou a subida até o local do Observatório por nossa própria conta e par aonde fomos para tirar algumas fotos do local mais alto com uma visão significativa de todo local.

Valeu o passeio e com algumas paradas para descanso, só posso agradecer a Deus por poder ter feito este passeio que em alguns momentos anteriores a chegar aqui, cheguei a pensar que não conseguiria caminhar e subir tantas escadarias. O local é magnífico mesmo e ficamos sempre nos questionando como muitas pedras foram entalhadas com encaixe preciso e movimentadas tal era sua magnitude. Cursos d'água preciso e locais para armazenamento, terraços para agricultura, casas, templos, enfim, tudo muito bem cuidado e em constante manutenção.

O problema do dia foi que nosso trem quando compramos era para o final de tarde e logo após ao meio dia já estávamos livre e nos dirigimos para a estação tentar embarcar antes.

O Augusto foi mais insistente com os atendentes e conseguiu embarcar junto com o Adalto e nós como estávamos passeando pelas lojinhas ficamos para tentar em outro horário. Até teve uma atendente que disse que conseguiria e ficamos na espera. O Big não estava bem do estomago e deixamos ele sozinho para tentar embarca e fomos passear novamente pelo centro de Aguas Calientes e aproveitamos para jantar no final de tarde, antes de nosso embarque e já chegar em Ollaitaytambo prontos para dormir e pegar a estrada no dia seguinte.

E enfim chegou nossa hora de embarcar e chegando não tinha nenhum taxi e tivemos que subir a ladeira até nosso hotel caminhando e observando a montanha que ainda estava com uma parte em chamas, desde a tarde do dia anterior.

Chegando no hotel, o pessoal já estava dormindo e a opção foi mesmo descansar ou melhor, cair na cama, que o dia foi mesmo puxado.

Até amanhã

Décimo segundo dia - 17/09 - Rota Ollaitaytambo




Bom dia

Como de praxe, acordamos cedo ainda bem antes do café no Hotel Casa Grande em Cuzco e fui para o local onde seria servido, levando o note, câmera, máquina fotográfica para descarregar tudo, acessar meus e-mail e tentar escrever alguma coisa, já que o tempo andava muito excasso. De tudo, só não deu para escrever nada no blog, que só estou atulizando hoje, já quase 20 dias após retornar para Porto Alegre. Mas o registro está sendo feito, desta singular trip onde conheci muito lugares e consolidei amizades.

Bom, após o bom café, optamos por fazer um tour e fomos para a praça de armas e decidir para onde. Chegando lá, conversamos com um taxi que disse que nos levava para conhecer algumas ruínas próximas e fomos, os 5 num taxi sedan. Imaginem, o Roberto sempre levando vantagem por ser "maiorzinho" e ficou na frente e os outros 4 espremidos no banco traseiro e como tudo é festa e diversão, lá vamos nos subir a montanha.
Chegando no local das Muralhas pré-incaicas (com uns 2000 anos) e quando fomos entrar, soubemos que o custo para não Peruanos era de 70 soles, o que era muito para somente ver umas muralhas, considerando que somente iríamos nestas e o valor compreendia 5 locais. O taxi nos levou até um outro Cerro, onde tiramos estas fotos abaixo.




Decidimos voltar para o Hotel e ver o que faríamos e ao chegar soubemos que o checkin seria até o meio dia e como já aproximava-se das 11 horas, decidimos carregar tudo e pegarmos a estrada.

Não é problema, mas Cuzco merecia mais dias para poder desfrutar de suas atrações e conhecer um dos principais destinos turísticos do mundo, Voltarei!

Pegamos a estrada e pelo GPS, o caminho nos levou para um trecho de terra de aproximadamente 15 km, passando as margens de um lago. Muito bom pegar uma estradinha de terra novamente, após a experiência da estrada da morte na Bolívia.



E depois uma bela descida até Ollaitaytambo.


 


Chegando lá, estacionamos na praça central e fomos procurar um hotel para nós hospedarmos, com local para deixarmos as motos quando formos para Macchu Picchu. Logo após a praça ao iniciar a descida para a estação férrea, a esquerda no final de um beco, onde as motos ficariam bem estacionadas e cuidadas, ficamos no Hotel Casa de Mama. Quartos ótimos, bom banho e bom preço. Só a internet que para variar por estas bandas, é muito ruim.


Após largar as motos e a bagagem no quarto voltamos para a praça para almoçar e nos refrescarmos um uma Cusquenã "bem fria", o que é coisa rara por aqui. E realmente não estava gelada como nós brasileiros gostamos.






 E no final de tarde, voltamos a praça para mais um café, telefonar para o Brasil e esperar a noite que nos brindou com uma paisagem triste que foi ver as montanhas em chamas. Fato que permaneceu toda noite e o dia seguinte também, manchando as montanhas com o negro da carvão.











Após a janta em um ótimo restaurante, o que tem sido uma constante aqui no Peru, compramos suco, pão, banana, frios e iogurte para fazermos um café da manhã bem cedo, já que teríamos que estar na estação férrea antes das 6:00 para pegar o trem para Aguas Calientes.

Boa noite

Décimo primeiro dia - 16/09 - Rumo a Cuzco


Bom dia

A opção de hoje que iremos rumar para Cuzco foi acordar cedo em Puno e não aguardar o café da manhã que seria mais tarde e pelo jeito, fraquinho.
Saímos para a estrada eram 7:30 e rapidamente subíamos a encosta deixando a baia de Puno e o Lago Titicaca para trás, com temperatura agradável para esta hora da manhã, usando a segunda pele e a jaqueta sem forro.

Ao aproximarmos de Juliaca pegamos o anel viário a direita para livrarmos o centro da cidade e paramos em um bar de esquina, em área aparentemente de empresas,  para tomar o café da manhã. Vários locais e estudantes também estavam por ali, alguns comendo que nem almoço (sopa, arroz, carne, saladas) e aguardamos prepararem um quente café com leite, pão e manteiga.


Na passagem por Juliaca, perto da ferrovia que está em obras na estrada, pegamos um grande engarrafamento com todo mundo se enfiando nas rotatórias e onde tivemos que fazer o mesmo para avançar.

Chegamos em Cuzco ao meio dia e fomos para o Hotel Casa Grande Lodging, localizado a 1 quadra da praça de armas e com excelente local no pátio central para deixarmos as motos. Nestas dois dias que ficamos nele contamos mais de 20 motos em seu pátio e de todo tipo e procedência (catarinas, mineiros, goianos, paulistas, argentinos, chilenos...) enfim, todos se divertindo e conhecendo o Peru.
Hotel recomendado e que recomendamos muito. Show e bem localizado. Chegando na rua dele, deve-se fazer a volta na quadra, pela direita, porque justamente a quadra dele é a única contra-mão.




A tarde fomos passear e comprar as passagens de trem de Ollaitaytambo para Aguas Calientes e os ingressos para entrar em Macchu Piccho. Detalhe: nesta época de baixa temporada, dá para comprar 1 ou 2 dias antes, já que existe uma limitação de 2.500 pessoas dia, mas em alta temporada deve-se programar com relativa antecedência. Idem para o trem e mais ainda para aqueles que desejarem ir na montanha Huayana Picchu que tem limitação de 400 pessoas dia.  AGENDE-SE e adquira o ingresso aqui.

Iríamos fazer um passeio de van para passar o tempo enquanto esperávamos o Big e o Augusto chegarem, mas ficamos passeando a pé, fizemos um pequeno lanche e quando chegamos no hotel, já no final de tarde, os amigos estavam descarregando as motos e se instalando no quarto térreo que já havíamos reservado para eles.

Aí que nos contaram que o Big, lá em Copacabana acabou indo para o Hospital fazer soro para se recuperar de disenteria que teve. Ainda bem que agora já recuperado e reforçando-se para o passeio para Macchu Picchu.

A noite saímos para procurar um restaurante e acabamos em um buffet típico na frente da praça de armas. Um restaurante muito grande no primeiro andar da esquina, que tinha de tudo, desde shusi, ceviche, saladas, massas, carnes e uma ótima mesa com sobremesas, para colocar um pouco de açucar e sua energia.






Entramos no Pub da Norton Motorcycles para registrar com umas fotos e retornamos para o hotel, que amanhã já rumamos para Ollaitaytambo de moto para fazermos o trajeto de trem já mais perto de Macchu Picchu e conhecermos assim, mais um trecho de estrada e mais uma cidade.





Até amanhã que temos mais estrada e diversão. Como diz o amigo Renato, isto tudo é muuuuuuito bom!




Décimo dia - 15/09 - Rota Puno




Bom dia,

Como já é de nosso costume, acordamos bem cedo e antes das 7 já estamos pronto para o café, mas este dia tivemos alguma surpresas. Ao acordarmos, o Adalto, meu companheiro de quarto comentou, "alguém aí do lado vomitou a noite toda", referindo-se ao quarto ao lado onde estavam os outros companheiros de trip. Ao irmos para o café, onde já estavam o Roberto e o Augusto, ficamos sabendo que o BIG estava mesmo muuuuito ruim, tendo vomitado a noite toda e não estava em condições de pegar a estrada rumo a Puno e iriam ficar (o Walter "Big" Fagundes e o Augusto Sant Anna) aqui em Copacabana e iriam no outro dia, direto para Cuzco, onde o grupo se reagruparia.

Fomos no quarto nos despedirmos e o Big estava mesmo bem caído, branco e ainda com bastante indisposição estomacal. Disse-nos que já fazia alguns dias que vinha se sentindo meio mal, mas não deixou de comer e beber uma cervejinha, acompanhando-nos, e o mal de puna foi se agravando. Eu e o Augusto passamos por isto, mas lá em Uyuni e a opção é ficar sem comer, só hidratando-se para melhorar mais rápido.

Bem, nós três, Eu, Adalto e Roberto pegamos a estrada rumo a Aduana que abriria as 8:00, já tendo em mente que o fuso horário do Peru sobre mais uma mudança (mais 1 hora) e ao chegarmos na Aduana, pelo horário Boliviano 7:50 e Peruano 8:50, e para registro, neste ponto da fronteira, tiramos algumas fotos no bonito logo do Peru, marcando o momento e a altura do Lago Titicaca de 3.827 msnm.
Fizemos câmbio com dólar, pagando 2,75 soles.
Nenhum problema para fazer os trâmites aduaneiros, com exceção do tempo, em virtude da papelada necessária em dois locais, mas um frente ao outro, com boa receptividade de todos que nos atenderam.





Mais um pouco de estrada e chegamos em Puno as 10:15, fazendo 139 quilômetros desde último abastecimento em Copacabana, pagando 24,5 soles para 1,76 galões.
Nos hospedamos no Hotel Arequipa, <hotelarequipa_peru@hotmail.com>, com garagem no subsolo, meia quadra da praça Parque Pino, por 25 Soles a diária.
Existem vários restaurantes próximos, muitas atrações, praça de armas a 2 quadras e a praia umas 8 quadras. E outro ponto importante, a 2 quadras da saída para a estrada rumo a Cuzco, o que facilita bastante a rápida saída da cidade.

Chegamos em Arequipa, num domingo de muitas festas na cidade, com desfile cívico na praça de armas, onde nos divertimos bastante vendo os vários grupos que desfilavam, de estudantes, típicos, trabalhadores, enfim, todos os ramos da sociedade estavam representados. O Roberto inclusive, que é funcionário da receita estadual, tirou fotos com grupo semelhante, todos desfilando a rigor com terno e gravata. Muito bom chegar no domingo, baixíssimo movimento e ainda mais com festividades.



Almoçamos em um ótimo restaurante (até chick), mas com bom preço, comida de qualidade e atendimento.

O programa do meio ao final da tarde foi pegar um barco e ir conhecer a Ilha de Uros, construidas sobre junco (tora) e que ficam flutuando sobre o Lago Titicaca. Valeu a pena o passeio todo, principalmente por terminarmos ele no finalzinho de tarde voltando para Puno sob um belíssimo por do sol sobre as montanhas emoldurado pelas luzes da baia de Puno.




A noite uma sopa com um Pisco Sour e um Coca Sour, para uma boa noite de sono que amanhã rumaremos para Cuzco, onde reencontraremos nossos companheiros (Augusto e Big) que ficaram em Copacabana.



Boa noite


Aqui em Puno começamos a andar de taxi Tuk Tuk, que tem de todo jeito e por todo lado. É o que mais tem é movimenta a cidade. Pagamos 3 soles para ir do Hotel até a praia e na volta viemos a pé conhecendo o local e passando por um estádio onde disputavam uma partida pelo campeonato estadual. Ninguem quer Puno disputando a primeira divisão, porque jogadores de Lima, ao nível do mar, tem que vir jogar em Puno a 3.800 metros acima. Aja pulmão!