quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Quarto dia - 09/09 - Minas de Prata e Rota ao maior salar do mundo Uyuni

Bom dia

A primeira coisa que eu queria ver era como estava o café da manhã no meio das motos, afinal, isto era novidade, ao menos no meu caso, que ainda não tinha ficado em um Hostal com motos espalhadas pelo pátio interno.

Pessoal do Tubaroes do Asfalto junto no café da manhã
Beleza, deu para tomar o suco de laranja (tampico, sim, o mesmo tampico que temos aqui), cereais com leite e água quente para colocar chá ou café, com manteiga em lascas num prato e uma geleia. Ah, com aquele pão duro que as vezes até dá para separar em duas partes para tentar fazer um sanduba e em outras, só comendo em lascas. mas é o que a casa oferece e estamos mesmo em férias e nos divertindo. 


Após o café, nos preparamos para o esperado passeio as minas de prata. Apareceu o guia, um gaiato metido a mineiro que nos chamou para uma conversa sobre o passeio e uma mochila de saco de linhaça que deveríamos usar para colocar somente água e regalos para os mineiros. Bom, até aí, nós com nossas roupas e achando que era só pegar a mochila.
Aí o guia "mineiro" nos leva para o terraço do La Casona (belo lugar para algumas fotos da cidade e das montanhas a redor), para colocarmos as roupas de mineiros, que eram uns trapos rasgados calça, camisa e uma bota de borracha.
Acrescentamos a isto tudo, o cinto com a bateria e o capacete com lâmpada para utilizarmos nos túneis.




Embarcamos numa Van com todos os novos "mineiros" a vamos para a mina.... foi o que achamos, mas primeiro demos uma passadinha para comprar uns regalos para os mineiros e um papo sobre como funciona o sindicato, a cooperativa de mineiros.
Numa ruela que tem de tudo para mineiros e que o Roberto até achou estranho o porque teria tudo aquilo, pá, picareta, macacão, etc, porque achávamos que era como aqui, que existe uma empresa por traz que fornece tudo para o trabalho.
Não, lá na Bolívia, é só cooperativa de mineiros que está explorando o que restou, porque o filé, as empresas já levaram nos séculos passados e agora estão na rapa do tacho, pegando migalhas.

E a explicação do guia, na frente da "lojinha" de regalos era sobre a folha de coca e como eles utilizavam, junto com um outro produto tipo bicarbonato e alcool 96º. SIM, alcool 96º mesmo que os caras tomam junto com refri de laranja, limão, guaraná ou puro. Pelo menos foi o que o guia mostrou, provou, deu para o pessoal provar e depois, alguns confirmaram com mineiros dentro da mina ou que eu também ví, a "deriva" contemplando o horizonte e a bochecha cheia de coca. Ao invés de almoçar ou comer alguma coisa, ficam mascando a coca e vagando a mente.  eta perdição

Então cada um de nós comprou os regalos (coca, refri e alcool 96º -acho que uma garrafinha de 150 ml) para levar ao passeio na mina e colocamos na mochila de mineiro.


Fomos para a mina e antes de entrar, mais papo populista, de cooperativa, de governo, etc que já começava a encher o saco....
E vamos então ao túnel conhecer a mina, ligamos a lâmpada do capacete e entramos serpenteando e agachando algumas vezes, nos desviando de toras de madeira as vezes meio podre e quebradas, canos, fios de energia, enfim, vamos mina adentro. Mais uma vez, para para mostrar algumas estalagmites e outros extratos minerais de decomposição, etc, que segundo ele, poderiam ser até venenosos, não encosta a mão. E mais papo de cooperativa, de governo, etc.
Eu em algumas vezes, já com as pernas bambas de dor por andar agachado e ao chegarmos num ponto que teríamos que entrar num buraco (sim, num buraco em diagonal para cima), eu e o Augusto desistimos e voltamos com o segundo guia.

Ficamos aguardando do lado de fora, já dormindo encostados  no que parecia um grande transformador elétrico, até que o pessoal voltou.
Foi mesmo roubada ter ido até o fim e mineiros não tinham, exceto segundo eles, dois que estavam por lá para pegar os regalos. E os demais regalos foram deixados numa cabana, que segundo o guia era a discoteca.
Eu e o Augusto que estávamos a mais tempo ali, vimos que aquelas salinhas eram onde estavam o pessoal reunido, mascando, de papo, enfim, matando o tempo.
e serviço de mineiro foi o que não vimos até porque, como já disse, o que restou são restos de minério que os cooperativos vão extraindo a mão e que não se prestaria para o formado industrial.
Parece que a montanha original há havia diminuido em algumas centenas de metros, com as extrações realizadas por séculos.

Curiosidade: segundo o pessoal do Hostel, a rua do La Casona, no século 16 tinha o piso de prata que foram levados pelos colonizadores. Não sei se verdade ou não.
 Ladeira do La Casona, saindo com destino a La Paz

Depois do passeio, fomos procurar um local para almoçar e o que encontramos foi uma pizzaria, mas o que escolhemos foram outros pratos, que demoraram bastante. Pedidos uma cerveja que veio quente e optei por uma coca cola e cometemos um erro que foi pedir gelo. Gelo de água de torneira, que colocamos no copo com gosto e na noite, fui agraciado com uma diarréia e o Augusto com mal estar estomacal. Parece que o Adalto se safou desta.

Na volta do almoço, pesquisando sobre o passeio para o Salar de Uyuni, que eu queria ir de moto e alguns prefeririam ir de ônibus. eu estava ainda indeciso, mas conversando com um dos Tubarões do Asfalto que voltou dizendo ter muita areia, etc, optei por também ir de ônibus.
Na correria, fomos para a rodoviária pegar um ònibus para a cidade de Uyuni, que saia as 19:00 horas e que chegaria no destino as 22:30. Embarcamos no ônibus e chegamos em Uyuni, logo ao descer já tem um pessoal oferecendo o passeio ao salar e acabamos fechando com uma menina do "Expediciones Nueva Aventura" que também nos levou a um hotel para dormirmos.

Dormimos...



Nossa rota até o Salar de Uyuni (de ônibus buzinando o tempo todo e eu querendo dormir)

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